terça-feira, 5 de abril de 2011

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REUNIÕES CRISTÃS
“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas
as portas da casa onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham
ajuntado, chegou Jesus e pôs-se no meio deles e disse-lhes: Paz seja
convoscO.” (JOÃO, capítulo 20, versículo 19.)
Desde o dia da ressurreição gloriosa do Cristo, a Humanidade terrena foi
considerada digna das relações com a espiritualidade.
O Deuteronômio proibira terminantemente o intercâmbio com os que
houvessem partido pelas portas da sepultura, em vista da necessidade de
afastar a mente humana de cogitações prematuras. Entretanto, Jesus, assim
como suavizara a antiga lei da justiça inflexível com o perdão de um amor sem
limites, aliviou as determinações de Moisés, vindo ao encontro dos discípulos
saudosos.
Cerradas as portas, para que as vibrações tumultuosas dos adversários
gratuitos não perturbassem o coração dos que anelavam o convívio divino, eis
que surge o Mestre muito amado, dilatando as esperanças de todos na vida
eterna. Desde essa hora inolvidável, estava instituído o movimento de troca,
entre o mundo visível e o invisível. A família cristã, em seus vários
departamentos, jamais passaria sem o doce alimento de suas reuniões
carinhosas e íntimas. Desde então, os discípulos se reuniriam, tanto nos
cenáculos de Jerusalém, como nas catacumbas de Roma. E, nos tempos
modernos, a essência mais profunda dessas assembléias é sempre a mesma,
seja nas igrejas católicas, nos templos protestantes ou nos centros espíritas.
O objetivo é um só: procurar a influenciação dos planos superiores, com a
diferença de que, nos ambientes espiritistas, a alma pode saciar-se, com mais
abundância, em vôos mais altos, por se conservar afastada de certos prejuízos

  • do dogmatismo e do sacerdócio organizado.

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