sexta-feira, 18 de março de 2011

ANTE  O  DIVINO  MESTRE
 
Senhor!
No dia de Pentecoste, quando quiseste reafirmar as boas novas do intercâmbio, entre o
Mundo dos Homens e o Mundo dos Espíritos, deliberaste agir de público, sem que
ministros ou líderes humanos estivessem superintendendo a reunião.
Pedro e os companheiros oravam, depois de providências para que alguém ocupasse o
lugar vazio de Judas, quando (1) “todos ficaram repletos do Espírito Santo e passaram a
falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”.
Com isso não desejamos dizer que desprestigiavas a autoridade e a organização que
honoríficas com o teu apreço, e sim que podes administrar os teus dons inefáveis sem a
intervenção de ninguém.
O narrador evangélico vai mais longe. Conta-nos, ainda, que a multidão te escutou o
verbo renovador, tomada de assombros, porquanto, fizeste com que cada um dos
circunstantes te ouvisse o comunicado “em seu próprio idioma”(2)
Rememoramos semelhante passagem dos primeiros dias apostólicos, para rogar-te apoio
no limiar deste livro.
Estamos agrupados nestas páginas, - os leitores amigos e nós outros, - procurando o
sentido de teus ensinamentos com as chaves da Doutrina Espírita, que nos legaste pelas
mãos de Allan Kardec.
Aqui entrelaçamos atenção e pensamento, sem outras credenciais que não sejam as
nossas necessidades do coração.
Respeitamos, Senhor, todos os templos que te reverenciam o nome e todos os poderes
religiosos que te dignificam no mundo, mas temos sede das tuas palavras de vida eterna,
escoimadas de qualquer suplementação.
Viajores de longos e escabrosos caminhos, trazemos a alma fatigada de supremacias e
domínios, pretensões e contendas estéreis!...
Reunidos, pois a fim de ouvir-te as lições claras e simples, nós te pedimos entendimento.
E, lembrando-te a presença no monte, à frente da turba sequiosa de consolo e esperança,
nós te suplicamos, ainda, inspiração e bênção, para que te possamos compreender e
aproveitar o exemplo de amor e a mensagem de luz.
 
Emmanuel
Uberaba, 14 de Setembro de 1964
(1) Atos, 2:4

  • (2) Atos. 2:6 – Nota do autor espiritual 

Nenhum comentário:

Postar um comentário